Updated on setembro 15, 2016
São Paulo IV
Litoral Norte
.Domingo, 27/Março/16
Sai de Boraceia por volta das 08:00hs, segui pela BR 101 sentido norte e passei por diversas praias.
Parei em Cambori para almoçar e descansar um pouco.
Após passar pela praia de Boiçucanga seguindo pela BR 101, peguei uma serra muito alta e bem inclinada.Acredito que foi a mais puxada de toda rota que até então tinha feito. Além disso o sol estava muito forte este dia e foi me castigando por toda subida. Descendo o morro cheguei na praia de Maresias.
Estava tomando café em uma padaria, quando perguntei a um rapaz se sabia de algum Camping e ele indicou chegar no Camping do Chumbo. Me explicou o caminho e fui até lá. Quem me atendeu foi a esposa de Chumbo, me oferto um bom preço e resolvi ficar. Montei a barraca em um lugar estratégico e sai para fazer umas compras, pois já estava sem comida. Voltei, tomei um café e fui descansar um pouco pois aquela subida foi bem puxada e me deixou esgotado. Após algum tempo fui dar uma volta na cidade e quando estava saindo da rua do Camping, passou três meninos com berimbau na mão e perguntei sobre a capoeira. Eles disseram que a roda tinha acabado naquele momento e que estavam voltam para casa. Fiquei doido, perdi a roda. Dei mais um role e curti um pouco da noite na praia. Voltei ao Camping e conheci 03 camaradas de Campinas SP que ali estavam instalados. Ficamos conversando até mais tarde e fui descansar.
Segunda, 28/Março/16
Preparei minhas coisas ao acordar, tomei café me despedi de todos e segui a rota. Tive problemas com o freio dianteiro devido o desgaste das pastilhas e precisava muito corrigir isso o mais breve possível. Passei pela praias, do Paúba, Santiago, Toque toque pequeno, Calhetas, Toque toque grande, Guaeca, Barequeçaba, Pitangueiras, Praia Preta e cheguei em São Sebastião e fui almoçar.
Cachoeira na hora certa!
Após almoço, fui procurar um loja para trocar as pastilhas. Fui em uma das lojas de bike, mas não tinha pastilha original shimano, então deixei para tentar conseguir em outra loja da Ilha que a moça da loja me indicou. Aproveitei para passar uma mensagem ao Mestre Nenê, formado pelo Mestre Ribas de Santos, o qual já tinha me passado o contato.
Balsa De São Sebastião para Ilha Bela
Chegando na Ilha fui para o lado norte, até a loja o qual tinha recebido a referencia que teria as pastilhas, mas infelizmente nesta loja também não tinha. Dando um rolê, acabei chegando na Pousada 13 Luas, descobri que a dona era capoeirista e fui conferir. Conheci a Nadya Fernanda Chamarelli, conversamos e ela me ofereceu ficar ali, por um preço bacana. Então acabei aceitando e logo procurei montar a barraca. O lugar é muito bacana e ela foi muito gentil na recepção.
Hostel 13 Luas
Recebi retorno do Mestre Nenê e fui encontra-lo no Centro Social Pé no Chão. Ao chegar, encontrei o Mestre Nenê na entrada da academia Grupo Capoeira Santista Ilha Bela, e ele me convidou para treinar. Fizemos o treino e depois rolou um jogo dois a dois colocando em prática o treino. Mestre Nenê recebeu a visita também de dois capoeiras de Tijucas/SC. Agradeci a todos, me despedi e sai para a pousada. Valeu Mestre Nenê pelo treino e recepção. Forte abraço a todos, axé!
Resolvi comer um lanche no caminho, foi quando começou a chover muito! Quando cheguei na pousada, percebi que molhou algumas coisas dentro da barraca, mas não muito. Tomei um banho, janei e fui dormir.
Terça, 29/Março/16
Sai cedo para o lado Sul da Ilha e passei em algumas praias e fiz mergulho muito bacana.
Comemorando 3.9!
A Noite fui visitar o Mestre Noel. Liguei para ele mais cedo e marcamos dele me pegar na saída da Balsa. Encontrei o mestre e fomos para a academia no Centro Cultural São Sebastião. O Mestre passou alguns movimentos da capoeira angola, o qual treinamos juntos com os alunos. Finalizamos com uma roda de musica. Obrigado Mestre Noel, grato pela recepção, axé!
Mestre Noel e Alunos
O mestre me levou até a balsa, me despedi e fui para a Ilha.
Balsa Ilha Bela – São Sebastião
Cheguei na pousada, tomei um banho e fui descansar.
Quarta, 30/Março/16
Após tomar um café, sai para o lado norte da ilha e conheci outras praias. A noite eu e Nádia tocamos berimbau, cantamos umas musicas e jogamos uma capoeira. Depois fui descansar, pois iria seguir viajem no outro dia! Valeu Nádia pela parceria, axé!
Quinta, 31/Março/16.
Cedo arrumei minhas coisa e segui viajem para Caraguatatuba.
De São Sebastião a Caraguatatuba
Chegando na praia fui tomar um banho e preparar um cafezinho.
Passei no centro de Caraguatatuba e fui em um Cyber ver os e-mails e enviar mensagem ao Mestre Fala Pouco. Almocei em um restaurante e depois fui na praia. A tarde consegui deixar minha bike em uma garagem e fui no shopping tentar resolver meu problema como telefone. Até então não tinha recebido retorno do mestre Fala Pouco, então fui procurar o Mestre Serginho, fui em uma escola que ele trabalha e consegui seu contato. Passei a mensagem ao M. Serginho e fui na praça tomar um café, foi quando recebi a ligação do Mestre Fala Pouco e já estava me esperando, pois o Mestre Melqui já tinha comunicado a ele que estaria passando em Caraguatatuba. Então ele me passou o endereço e fui até lá. Depois recebi retorno do Mestre Serginho, mas já tinha combinado com o Mestre Fala Pouco, então passei uma mensagem agradecendo ao M. Serginho e combinamos de nos encontrar em outro momento. Segui até a academia Assoc Caraguatá. Ao chegar fiquei esperando em frente da academia que estava fechada.

Mestre Manoel Fala Pouco e Alunos
Sexta, 01/Maio/16
Quando acordamos, o mestre teve que sair para trabalhar e eu fui dar um rolê na cidade. Fui na pedra do Jacaré e tomei uns banhos de mar. almocei e fui no Cyber ver as mensagens pois estava sem internet no celular.
Pedra do Jacaré
A noite o mestre me levou na Escola de Capoeira União Caiçara, coordenado pelo seu Irmão professor Chorão
Capoeira União Caiçara
Mestre Fala Pouco e Professor chorão
Após a roda, saímos da academia para comer um lanche, tomar um suco e conversar um pouco. Já era quase meia noite e voltamos para casa e fomos descansar.
Sabado, 02/Maio/16
Fizemos um café e o Linconl chegou. Fizemos uma oração para minha viajem, agradeci com carinho por tudo e segui viajem por volta das 08:00hs am. Valeu Mestre, obrigado pela recepção, hospedagem e parceria, forte abraço a todos Axé!
Amigo Lincoln
Durante o trajeto, parei para tomar um caldo de cana e comer um pastel. ao descer da bike coloquei as luvas sobre a bike e fui sentar na mesa do quiosque. Na saída peguei a bike coloquei o capacete e segui, depois de algum tempo me lembrei das luvas, mas elas tinham caído logo na saí do quiosque. Não voltei para procurar, pois já tinha passado vários Km.
Como iria subir para o Norte, o Mestre Fala Pouco fez contato com um de seus alunos, o contra-mestre Pesão, que tem uma forte influencia histórica familiar no Quilombo Caçandoca. Então fui até lá encontra-lo.
Acesso a Caçandoca no alto do morro.
Chegando na Praia, o Contra Mestre Pezão já estava me aguardando. Me apresentei, conversamos sobre minha viajem e sua mãe Dona Maria, uma pessoa maravilhosa, preparou um almoço especial. Depois fui descansar um pouco. A tarde fiz trilha pelos costões, muito bonito este lugar. No final de tarde saímos do quilombo e somos para casa do CM Pesão, comemos, tomamos um banho e saímos para pegar uma roda de capoeira em Perequê Mirim – Ubatuba. Lá conheci o Mestre Kelé, Mestre Japão e Prof. Lucas entre outros capoeiras. A roda foi muito boa, joguei com quase toda rapaziada, boa vadiação! Valeu Mestre Kelé, forte abraço!!!
Turma da escola Art Negra entre outros camaradas
Monitor Jeferson, Prof. Sid, Mestre Kelé, Mestre Japão, prof. Lucas e CM Pesão.
Após a roda saímos para comer um lanche e fomos dar uma volta no centrinho.
Domingo, 03/Abril/16
Saímos cedo da casa em Ubatuba e fomos para o Quiosque em Caçandoca. A água do mar estava perfeita, fiz uns mergulhos no costão do lado esquerdo.
Praia de Caçandoca
O CM Pesão me convidou para dar uma volta de lancha levando a galera no banana boat, foi muito divertido!
Passeio de Lancha
Depois fomos ver as ruínas da senzala daquele quilombo que fica dentro da mata.
Amigo Sidenil
O Quilombo Caçandoca tem um marco natural que determina seu território, que é da Pedra do X próximo a Praia do Pulso e vai até Pedra Número 1 situada na Ponta da Praia do Simão (frade), que parece ser esculpida e tem cerca de 6 metros de altura…
Pedra numero 1
As ruínas da Senzala na Praia da lagoa
Dona Maria contando histórias do passado.
CM Pesão e sua mãe Dona Maria
Depois de conhecer um marco forte da nossa história, voltamos para a praia. CM pesão arrumou tudo e disse que eu poderia ficar ali no quiosque a noite, pois iria seguir viajem no outro dia. Nos despedimos, agradeci por tudo e ele foi para Ubatuba.Já era noite, montei o berimbau e fui tocar na beira mar entre as luzes das estrelas. jantei e fui dormir. Valeu meu amigo Pesão, obrigado pela parceria e tudo mais!! forte axé!!!
Segunda, 04/Abril/16
Sai de Caçandoca por volta das 7:30hs e passei por dentro de um condomínio que tem ao lado esquerdo, evitando assim de passar estrada do morro. Chegando na rodovia segui sentido norte. O dia estava com muito sol entre nuvens e com vento nordeste fraco, ótimo para pedalar.
O dia estava bem quente e no caminho encontrei uma cachoeira e caiu na hora certa.
Sítio Bicho Preguiça…
Acabei chegando na Casa da Farinha, um antigo engenho que em momento estava desativado pois tinha quebrado a roda grande do moinho.
Quilombo da Fazenda – Casa da Farinha
A Casa de Farinha localiza-se no sertão da Fazenda Picinguaba, ao norte da rodovia, e faz parte de um conjunto de ruínas de uma antiga usina de açúcar e álcool construída no final do século passado por imigrantes italianos. Abandonada a usina, aproveitou-se a roda d’água para movimentar os aviamentos de uma casa de farinha construída na década de 50 qual foi recuperada em 1986.
Saindo da Casa da Farinha, passei em uma casa que tinha uma placa informando que servia alimentação. Então pedi um café e conversei com os proprietário para montar o acampamento por ali. Eles falaram que não tinha problema e acertamos um preço por tudo. Montei minha barraca de baixo do puxadinho frontal da casa e mais tarde eles me ofereceram uma janta. Mais tarde subi uma estrada de chão, sem iluminação publica, até uma escola para pegar sinal de internet disponível wi-fi livre.
Terça, 05/Abril/16
No Quilombo da Fazenda, o café da manhã foi especial, bananinha da terra, polenta e cafezinho preto. Tudo da terra ou feita pelas mãos da senhora dona da casa. O dia estava bom para pedalar e o vento estava fraco.
Café Caiçara
Divisa do estado de São Paulo