Updated on outubro 20, 2016
Bahia VI
COSTA DOS COQUEIROS
Terça, 30/Agosto/16
É dia de seguir viajem, tomei um banho e preparei um bom café. Sai da casa do Desenho por volta das 8:30hs. Obrigado Desenho!!! valeu ai a hospedagem, parceria e capoeiragem em dias de Salvador! Agradeço também ao José Maria, Chokito e o Tamy o qual compartilhamos juntos o mesmo espaço, Forte axé!!!
Saindo passei no correio e fiz postagem do CD do Mestre Curió para o Cristiano cabeleira e aproveitei e fiz duas postagem de carta com uma lembrança para a Mestra Gegê e o CM Guaxini.
Praia da Barra
Segue pela Orla e passei pelas praias de Barra, Rio Vermelho, Pituba, Amaralina, Boca do Rio, Itapuã e Stella Mares, onde almocei.
Itapuã
Estela Mares
Descansei um pouco na praia e depois passei pela Praia de Flamengo, Ipitanga, e fui até Buraquinho.
Depois peguei a rodovia e fui ate a praia de Busca Vidas. Segue já estava escurecendo e resolvi entrar em um condomínio fechado, andei pelo calçadão e avistei um terreno baldio, era por volta das 19:00hs. Pensei que poderia montar a barraca ali pois devido o nível das casas não teria problemas com segurança. Montei a barraca tirei as coisas da bike, inflei o colchonete e dei uma cochilada. Era por volta das 23:00hs, quando percebi um farol rodando a barraca. Era a segurança do condomínio. Sai da barraca e expliquei sobre minha viajem e que iria sair cedo no outro dia, mas não teve jeito, o segurança pediu para eu sair. Foi quando chegou a “tropa de elite”, todos com lanternas voltadas para mim como se fosse um bandido a solta. Ai rolou os questionamentos, documentos, onde vai, de onde veio… expliquei tudo, mas não teve jeito. Pediram para eu sair rapidamente, então tive que desmontar tudo novamente e colocar na bike. Fui escoltado até a saída do condomínio. Perguntei ao guarda se ele poderia me indicar um lugar para dormir, mas só sabiam me informar que teria que sair da área do condomínio. Entrei na beira da praia e segui para direita e procurei um lugar escondido do vento. estava sem lanterna então dificultava muito saber por onde caminhava. Quando percebi estava entre as dunas com muitos cactos espalhados para todo o lado. Procurei um lugar melhor para montar a barraca, achei uma área sem cactos que só tava mesmo para a área da barraca. Como o tempo esta com céu aberto com vista as estralas e muito abafado, resolvi não colocar a lona de cobertura e acabei dormindo. Foi quando por volta das 03:00hs começou a chover, não tinha tirado os alforges da bike, então comecei a tirar rápido e depois colocar a lona de cobertura. Entrei na barraca todo molhado e com os pés coberto de areia e voltei a dormir.
Quarta, 31/Agosto/16
O dia amanheceu com um forte sol, sai da barraca e olhei para a bike e os dois pneus estavam furados. Percebi que por todo o lugar tinha cactos. Com calma fui saindo e arrumando minhas coisas, tomei café e concertei as duas câmeras. Após concertar levei a bike nas costas até a beira da areia, para não correr o risco de furar novamente e aos poucos fui levando as coisas para colocar sobre a bike. Sai dali já próximo das 11:00hs.
Sai do condomínio e voltei a pedalar pela rodovia. Parei em um restaurante na beira da estrada e pedi um PF e almocei na calçada. Ali no restaurante fui no banheiro, peguei a senha do Wi-fi, tomei um cafezinho, descansei e voltei a pedalar chegando em Arembepe por volta das 15:30hs. Na avenida geral encontrei o mestre Lua de Bobo. Já tinha comunicado a ele sobre minha passagem por ali. Conversamos e combinamos de eu passar na academia mais tarde. Nos despedimos e fui apreciar a praia.
Tomei um açaí e procurei calça branca em algumas casas, mas não consegui. Por volta das 18:00hs tomei um cafezinho na praça e fui na casa do mestre. Chegando lá estava o mestre sozinho, sentado e observando a capa do CD do Mestre Ananias. quando ele me viu , logo me chamou para entrar, me recebeu e disse onde deveria colocar a bike. Entrei em sua academia e muito me chamou a atenção a forma como tudo ali estava organizado. Pegamos a conversar e o tempo foi passando. Quem cobrou a aula foi sua neta, mas conforme o mestre observava os movimentos que saiam fora do contexto, corrigia na hora e ela insistia nos exercícios pelo salão, enquanto eu e o mestre conversávamos. Quando percebemos já era mais de 21:00hs e sua neta lhe convenceu de armar o berimbau para fazer uns som e cantar algumas músicas. Sua neta de 07 anos me surpreendeu, não só por saber tocar e cantar as musicas de capoeira, mas pela educação e carinho que ela tinha com seu mestre avô. Depois ela se despediu beijando a mão do mestre e foi dormir. Eu perguntei ao mestre se era seguro montar a barraca na beira da praia e ele ofereceu montar na frente dentro do terreno em frente a academia, agradeci e logo fui montando a barraca. Depois fui dar uma volta no centrinho da praia para comer algo. Não consegui lanche pois já estava tarde, então comi carne de sol com salada e farofa. Voltei a casa do mestre e fui descansar.
Quinta, 01/Setembro/16
Acordei por volta das 07:30hs e logo fui desmontando a barraca e colocando as coisa sobre a bike. O mestre apareceu no portão, ele já tinha saído para comprar pão para tomarmos café. Quando finalizei o mestre me chamou para sentar na mesa e tomar café. Conheci neste dia sua mãe Dona Maria. Uma senhora muito gentil e querida. Tudo que conversava relacionava com a capoeira, foi um café da manhã com sabor sem igual, pois ainda contávamos com as histórias do próprio mestre Lua. Tudo muito bem, mas como tinha que seguir meu caminho. Pedindo licença, agradeci a toda família por tudo. Saindo já pelo portão, dei um apoio ao mestre, me despedi e peguei a estrada. Obrigado pelas palavras Mestre Lua, axé!
Segui pela rodovia contando com sol forte e vento soprando nordeste chegando em Barra de Jacuípe. peguei um PF e fui para a praia. O Lugar é muito legal, consegui uma mesa e uma cadeira de praia e almocei altos rango e de bem com a vida.
Depois do descanso sagrado, peguei a rodovia e segui até a Praia do Forte. Uma praia com características turística, com lojas de artesanatos, roupas e gastronomia diversas.
Estava eu tomando água de cocô quando a bike resolveu cair no chão, não quebrou nada mas dá uma dor no coração. Depois voltei a lagoa e fui tomar um café. Passei por uma entrada que se dá acesso ao parque dos pássaros e resolvi passear por ali. Um lugar bem bacana, fiquei pô da vida quando vi umas placas danificadas por vândalos. Sai da trilha já estava anoitecendo, ainda peguei uma outra trilha e parei na praia. Quando voltei a vila um rapaz falou para mim de uma aula de capoeira que iria rolar ali em um centro cultural. Fui até lá mas o professor Cássio ainda não tinha chego. Deu tempo de passar no mercado e voltar. Quando chegou o Cássio, me apresentei e fui fazer o treino com ele. Treinamos legal e depois fizemos uma capoeiragem, joguei com a galera. No final do treino o professor disse que poderia ficar ali no espaço para dormir a noite. Aproveitei que iria ter aula de dança e fui comer um lanche e quando voltei a menina aluna da capoeira, já tinha deixado o centro disponível, fiquei por ali um tempo, lavei minha camiseta de treino e fui dormir. Valeu Cássio pela parceria. forte axé meu irmão.
Sexta, 02/Setembro/16
Acordei no espaço cultural, preparei um café, recolhi a roupa que secou, deixei uma lembrança ao professor Cássio e fui a praia, tomar banho no chuveiro com estrutura de Bambu com quatro chuveiros, mas infelizmente não tinha água. Tomei um banho de mar e segui viajem. Acabei parando na beira da lagoa e comecei a me alongar. Um camarada que estava passando parou ali para conversar. Ele pratica atletismo e me falou sobre sua lesão muscular. Enquanto conversávamos não parava e fazia os exercícios. Depois de um tempo ele foi embora e logo sai pegando a Rodovia.
Parei no mirante de Imbassaí, onde tem um lindo visual. chegou um casal com uma menina e conversamos um pouco. O Nilton passou contato de um colega que já viajou de bike e fiquei de ligar. eles partiram e eu segui indo até Imbassaí. Outro lugar que gostei muito. O lugar é bem cuidado e se passa em uma ponte para chegar até a praia. Descansei em uma canoa no Porto da Jangada, e depois tomei um banho de rio, toquei Berimbau e fiz a feira.
Assim que escureceu, tomei um café sentado no Porto das Jangadas, quando passou um casal. Ele era Frances e ela Brasileira. Conversamos sobre minha viajem e sobre onde eu iria ficar, mas eles morar em Salvador e não tinham como ajudar. Agradeci e eles foram embora. Depois segui para o centrinho procurar a capoeira, pois um colega que encontrei no Rio disse que teria aula e também o Cássio me falou que iria lá, pois iria ter uma roda. Chegando no centrinho tinha uma roda com uma molecada do grupo Barro Vermelho. Mestre Bira coordenava a roda, tocando berimbau e cantando as musica. Tentei cumprimenta-lo olhando para ele algumas, vezes mas não consegui. Tinha um outro chamado professor Gigante, que quando passou pela roda me apresentei. Depois que a roda deu um stop, Eu perguntei ao mestre se poderia fazer um axé no pandeiro e ele pediu para o menino me entregar o instrumento. Neste momento chegou um outro grupo de capoeiras. Estes com calça vermelha e símbolo da regional nas costas. Achei um clima diferente, eles chegaram na roda aos poucos, mas o mestre que comandava a roda disse que logo iria acabar, pois as crianças teriam que ir para casa. Então o outro grupo acabou saindo para fazer a roda na outra praça. Foi quando chegou o Cássio e se aproximou da roda ficamos um pouco mais e a roda acabou.
O Cássio me disse que tinha marcado roda com o outro grupo, então fomos juntos. Fiz um jogo com a galera e também com o Professor Onça e Professor Gigante
Após a roda, o Professor Onça me convidou para ir jantar com a galera, pois era aniversário da Instrutora Tainha. Lá conheci meu xará, um aluno da escola apelidado de Sid. Depois da Janta me despedi da galera e fui procurar um lugar para dormir, fui até a praia e montei a barraca embaixo da cobertura do quiosque. A noite estava chuvosa e com vento forte.
Sábado, 03/Setembro/16
Logo quando acordei consegui uns cocos, preparei um café, arrumei tudo e saí. Peguei a rodovia e pedalei até ao Porto do Sauípe. Almocei um PF por R$ 10,00 e o almoço estava de primeira.
Depois fui na Praia e começou a chover e bateu vento sul. Fiquei em um quiosque até a chuva passar.
Depois voltei, entrei em um acesso a praia e achei um quiosque todo quebrado com meia telha e resolvi descasar por ali. Mais tarde voltei para ao centrinho, pois um menino tinha me informado que poderia ter capoeira. Mas como teve manifestação politica, não teve roda. Tomei um café na padaria e fiquei tratando de um assunto referente ao curto circuito que rolou na rede elétrica lá em casa. Mas tarde comi um lanche e voltei no quiosque. Consegui uns cocos, bebi a água e fui dormir.
Domingo, 04/Setembro/16
Acordei, toquei um banho e mar e um cafezinho para acordar!!! O Dia estava com sol na parte da manhã e registrei minha dormida da noite anterior.
Peguei a pedalar pela rodovia e parei para almoçar em um restaurante na beira da estrada. Peguei muita chuva neste trecho e parava para colocar a lona sobre eu e a bike.
Pedalei até Conde. Cheguei lá já final de tarde e quando cheguei caiu uma boma dágua e logo tive que procurar um lugar para dormir.
A pousada custou R$ 60,00 e a proprietária não fez nenhum desconto. Como estava chovendo muito acabei aceitando mesmo assim. O pior foi ainda um caminhão de som que estava na frente da praça tocando com um som muito forte! Tentei deitar na cama, mas o quarto todo tremia, não teve jeito de dormir, então resolvi ir na festa também. O som tocou até as 22:00hs, mas depois outros carros se manterão firme a continuidade do som alto. isso ficou até próximo a meia noite.
Segunda, 05/Setembro/16
Acordei e logo fiquei tratando do assunto da rede elétrica lá de casa. Estava muito preocupado com tudo isso e queria resolver da melhor forma possível. Depois tomei um banho e segui viajem.
No trajeto uma placa me fortalece a minha caminhada!
Pela rodovia e passei por um assentamento do movimento dos sem terras.
O que me impressionou muito na estrada é a quantidade de carcaça de carros abandonados pela rodovia, mas muito mesmo. O acostamento está em bom estado.
Algumas paradas devido a chuva!
Iria passar em Mangue Seco, entrando pela Costa azul, mas o acesso não é asfaltado e tinha muita lama. Um caminhoneiro que estava voltando de lá, me orientou não entrar pois a estrada realmente não estava em boas condições e que mangue seco teria que rodar em media 22 km. Resolvi continuar a viajem pela rodovia.
Cheguei na divisa entre BA / SE – Almocei ali em um restaurante ao lado do Rio Real!
Um dia volto a Bahia!!!
cade vc
Olá Belén, obrigado por visitar nossa página. Estou em Salvador no momento e espero que logo possamos nos encontrar novamente, grande saudades! Axé no coração!!!